A história do Loyola contada por… Tião
Sebastião Antônio Pereira: esse nome pode não provocar nenhum sentimento forte nos integrantes da comunidade do Colégio Loyola, mas, ao dizer “Tião”, todos, absolutamente todos, abrem um sorriso. Esse é o sentimento gerado por tanto carisma, humildade e força de vontade. Os alunos sentem uma enorme gratidão pelos cuidados dele e, depois de 28 anos de Loyola, os funcionários o veem como uma verdadeira lenda. Nas palavras do Padre Germano: “Ele é o porteiro mais querido do mundo”.
O que significa para você fazer parte dos 70 anos do Colégio Loyola e que importância o Loyola tem na sua história pessoal e profissional?
Fazer parte dos 70 anos do Loyola é uma coisa muito interessante para mim. Quando eu comecei aqui, o Irmão Otero falou comigo: “Tião, hoje você vai começar a fazer parte da família do Loyola”, e eu abracei isso de coração. E estou indo aí até hoje.
Como você chegou? Como foi sua trajetória?
O Adilson que ficava na cantina na época foi quem conseguiu o emprego para mim. Na época, a gente era muito amigo e ele me sugeriu vir para cá. Eu entrei aqui como auxiliar de limpeza. Quando o padre Gui entrou para ser Reitor, eu ainda estava na limpeza. Nessa época, quem ficava na portaria do primário era uma mulher. Aí, um dia, Pe. Gui me disse: “Sebastião, vem aqui.” E eu tive certeza que ele ia me mandar embora. Ele me perguntou se eu já tinha trabalhado como porteiro e eu disse que não. E então ele disse: “você vai trabalhar a partir de hoje” na portaria. Ele perguntou se eu queria e eu disse que queria sim. Nessa época, quem me ajudou muito foi a Lurdinha. Ela era como uma mãe para a gente.
Conte um momento marcante que você viveu no Loyola e do qual você nunca vai esquecer.
No primeiro dia de Loyola, eu cheguei e o responsável disse que eu ia trabalhar no primário. E eu perguntei: “onde é o primário?” Ele me levou para perto do Teatro e disse: “você vai limpar estes vidros aqui. Toma aqui este rodo, este pano, este balde e esta flanela”. Aí eu comecei a limpar os vidros. Quanto mais eu limpava o vidro, mais o sol batia e mais a janela parecia suja. Nesse momento, eu já estava super nervoso, a pressão estava lá nas alturas, a cabeça começou a doer. Aí ele me disse: “você não vai passar nem na experiência”. Quando já eram 11h, a chefe da limpeza me falou para a gente ir varrer a sala. E quem disse que eu sabia pegar na vassoura? Saí até me embaraçando nas cadeiras. Mas, com muita fé em Deus, eu disse que iria chegar lá e vencer. Com uma semana eu já estava varrendo a sala direitinho e limpando o corredor.
Como era o Loyola quando você chegou?
O que mudou muito no Colégio foi a estrutura física. Agora, está parecendo um cenário de tão bonito. Agora está muito bom. O Campão, que era a tradição dos meninos, se transformou em várias quadras, piscina, society; não havia o telhado da portaria do primário. Foi construído depois. Melhorou muito.
Você sente falta de alguma coisa?
Do que eu mais sinto falta é dos funcionários antigos. Os que se aposentaram, os que saíram, os muitos que Deus já levou. Um funcionário que me marcou muito foi o Ivo. Ele era realmente do nosso coração. Eu sempre me le