38º edição da Biologia Marinha chega ao fim
Era quarta-feira à noite, e a porta do Colégio Loyola, diferentemente do normal, estava cheia. Um grupo de alunos e colaboradores embarcava rumo a Angra dos Reis (RJ) para a 38ª edição da Biologia Marinha. Após 10 horas de viagem de ônibus, em que poucos participantes conseguiram dormir tamanha a ansiedade, com o mar dando as boas-vindas, a expressão em cada um dos rostos era de alegria. Estavam todos entusiasmados com as atividades prometidas para os dias que viriam.
Depois de se instalarem em uma pousada à beira-mar, tomarem um café da manhã reforçado e ouvirem as instruções dos professores, era hora para de cair na água. Um barco – companheiro de todas as atividades marinhas – os levou até Ilha Grande. O desafio era, equipados com snorkel e nadadeiras, coletar ouriços que, mais tarde, receberiam uma mãozinha na fecundação, que é externa, e seriam dissecados pelos alunos. A evolução dos embriões seria acompanhada pelo microscópio e, no sábado, terceiro e último dia, aconteceria a desova dos futuros ouriços.
Na manhã de sexta-feira, a equipe passou por uma comunidade litorânea para observar as interferências antrópicas na Mata Atlântica da região, para que os moradores pudessem ali viver. Da mata foram para o Mangue. Lá, tiveram a oportunidade de brincar com os diversos caranguejos que ali vivem e, em seguida, se entranharam por raízes escoras e respiratórias, enfiaram os pés na lama e, com a água batendo até o joelho, caminharam pelo manguezal. Assim, puderam sentir e conhecer realmente o ecossistema costeiro. À tarde, seguiram em direção às usinas de Angra 1 e Angra 2 e, pela noite, montaram a Ilha Grande, em papel machê, a partir de um mapa topográfico.
Nas viagens de barco e durante a noite, o grupo se distraía cantando e fazendo brincadeiras. Quando era hora de descansar, muitos participantes aproveitavam para nadar e bater bola na beira da praia. Turma animada: viagem de peito aberto. Todas as atividades propostas foram realizadas com muita curiosidade e interesse pelos alunos. Mas a mais esperada por todos só aconteceu no último dia: o batismo de mergulho.
As instruções foram dadas na noite anterior: o modo como respirariam, o que deveriam fazer para não terem problemas com a pressão mais elevada debaixo da água. Não tiveram problemas para colocá-las em prática. Cada dupla tinha um instrutor como responsável para que pudesse entrar em contato com a biodiversidade marinha sem preocupações. Os participantes nadaram com cardumes de peixes, observaram de perto uma água-viva, estrelas-do-mar e corais puderam ser tocados… Um momento único que, com certeza, vai ficar marcado na memória daqueles que o vivenciaram.
Para finalizar, os alunos se organizaram em grupos e fizeram apresentações recheadas de fotografias com o intuito de compartilharem o que aprenderam nos três dias de contato intenso com a natureza. Em seguida, arrumaram as malas – agora recheadas de novas experiências -, fizeram a última refeição em grupo e entraram no ônibus de volta a BH. Dessa vez, todos dormiram. Foram três dias intensos de aprendizado e histórias inesquecíveis.
A Biologia Marinha é uma das atividades mais antigas e tradicionais do Colégio Loyola. Nela, alunos das três séries do Ensino Médio têm a oportunidade de ampliar seus co