6º LoyolaMUN – Cerimônia de abertura
Acompanhado pela Diretora Acadêmica Mércia Almeida e pela professora Ruth Doramar Cangussu Wanderley, o padre Germano Cord Neto SJ, reitor e diretor geral do Colégio Loyola, abriu, na última sexta-feira, a 6ª edição do Loyola MUN.
Padre Germano deu as boas-vindas aos participantes, dizendo sentir-se honrado e agradecido pela quantidade de esforços empreendidos pelos alunos na realização do projeto. Após seu pronunciamento, foi dada a palavra ao embaixador Luiz Felipe Lampreia, ex-ministro das Relações Exteriores do Brasil, para o discurso inaugural.
O diplomata iniciou agradecendo ao Colégio Loyola e à secretaria geral do evento a oportunidade de estar em meio a jovens que, segundo ele, “têm a cabeça mais aberta, mais pura e limpa”.
Ao abordar a inserção internacional do Brasil, o ex-ministro disse ser esse um tema apaixonante, dado o fascínio que o povo brasileiro tem pela ideia de que o país do qual se tanto orgulha se tornará um expoente internacional.
Na opinião do embaixador, é preciso examinar de maneira realista as condições do país para se tornar uma potência mundial. Ele resgatou a gênese do Brasil como país sul-americano, destacando a importância dada à diplomacia, desde o início, para a preservação da unidade nacional.
“Embora ainda não tenha condições de assumir posturas militares, hoje o Brasil ocupa uma posição forte e, aos poucos, vai sendo promovido aos escalões mais altos”, afirmou Lampreia ressaltando a consolidação econômico-financeira, o fato de o país ter se tornado credor, com uma reserva de aproximadamente U$ 400 bilhões, a participação no G20, a ausência de problemas de fronteiras e a posição respeitada no debate sobre as mudanças climáticas, sustentabilidade e não-proliferação de armas nucleares.
Para o embaixador, entretanto, “o importante no momento é que o país se torne uma potência local, pois sem isso não pode aspirar a se tornar uma potência mundial”.
Os trabalhos foram declarados abertos pela secretária geral do Loyola MUN, Ana Carolina Veloso. Em seu discurso, ela fez memória à iniciativa dos estudantes idealizadores do projeto e agradeceu a direção da Escola pela confiança mútua “que tem possibilitado descobrir os dons de cada um, na complementaridade das vocações”. Além do compromisso com a política, para além do universo dessa simulação específica, ela convidou todos os presentes, no refrão de John Lennon, a dar uma chance à paz.