Pe. Paulo de Arruda D’Elboux- Reitor entre 1976 e 1981
Depois dos três primeiros anos de sacerdócio no Colégio Anchieta de Nova Friburgo, onde trabalhava na Pastoral, fui transferido para o Colégio Santo Inácio para exercer a função de Coordenador do Ensino Fundamental I cargo que ocupei por três anos até a nomeação para a Reitoria do Colégio Loyola em 1976.
Naquela época, a Vice-Província Goianomineira passava a fazer parte da Província do Brasil Centro Leste, depois de quase trinta anos, ligada a Províncias Espanholas. Com a fusão havia necessidade de redistribuir os efetivos com mistura maior de jesuítas brasileiros e espanhóis. Assim, naquele ano, eu era o primeiro jesuíta brasileiro a quebrar a dinastia hispânica.
Tive a felicidade de receber o reitorado do saudoso Pe. Agustín Castejón que revolucionara o processo pedagógico do Colégio Loyola. Dessa forma, em meu primeiro reitorado, recebi um Colégio com uma estrutura de alto nível pedagógico e, sobretudo, com uma equipe de trabalho altamente competente e de um relacionamento de parceria e amizade.
O país estava vivendo os estertores do período de repressão. Muita tensão nos relacionamentos com as instâncias oficiais, sobretudo da área da educação, uma vez que a linha da Associação de Escolas Católicas (AEC) para as escolas era voltada para a Educação Libertadora tendo como inspirador o Prof. Paulo Freire.
Com a parte acadêmica e pedagógica consolidadas, minha atuação voltava-se para a estrutura administrativa e estabilidade em tempo de incertezas. O único patrimônio do Colégio era a residência dos padres. Tudo o mais era comodato da Prefeitura na época da fundação. A pré-escola e o Fundamental I funcionavam em instalações pouco funcionais e pedagógicas localizadas nos “fundos” do Colégio.
Fizemos também a ampliação e reforma da antiga Vila Fátima, em Justinópolis, proporcionando acomodações mais adequadas para as irmãs da Companhia de Maria. Com o trabalho do Pe. Laerte e dos Irmãos Patrício e Antero foram feitas as primeiras reformas na parte esportiva: novas quadras, arquibancadas, cantina, área de lazer e nos espaços internos para serviços.
Se na parte acadêmica e pedagógica a estratégia era dar continuidade ao que estava dando certo, maiores mudanças aconteceram na parte da Pastoral. O trabalho de pastoral começou a ser exercido por uma equipe com o padre encarregando-se dos encontros, celebrações e dias de formação em Vila Fátima. Atravessei um período em que eu era o único jesuíta presente contando com a colaboração de um diácono diocesano sob o acompanhamento cuidadoso da eficiente secretária, D. Alayde que, pela experiência de vida, preocupava-se com os funcionários, sendo para muitos uma conselheira.
A parte de Educação Física, sob a coordenação do prof. Maestro, desenvolveu um bom trabalho com a participação nos jogos intercolegiais com grande entusiasmo dos alunos. Como foi mencionado, tinha uma linha bem popular de Paulo Freire, uma equipe politizada e cheia de interesse.
O Colégio Loyola tinha uma unidade no Planalto, sob o nome de Colégio Loyola-Pampulha. Era mais uma iniciativa do Pe. Agustín que, para garantir uma obra social das irmãs da Companhia de Maria naquele bairro, aproveitou-se da proximidade do ISI, propriedade da Companhia, para seminár