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Alunos 24/06/2016
Reconhecimento e alegria

Reconhecimento e alegria

Antigo aluno do Loyola toma posse na Academia Mineira de Letras
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Já imaginou publicar um romance aos 12 anos? Pois esse foi um primeiro passo para Rogério de Vasconcelos Faria Tavares, antigo aluno do Colégio Loyola, traçar uma trajetória que hoje será reconhecida pela Academia Mineira de Letras (AML). Ele tomará posse na noite desta sexta-feira (24/06), na cadeira nº 8, sucedendo o acadêmico Milton Reis. Rogério será o mais jovem dos quarenta integrantes da Academia, com 45 anos. Em agosto, assume a coordenação da Universidade Livre da AML, sucedendo Elisabeth Rennó, agora presidente da casa.

Atualmente doutorando em Literaturas de Língua Portuguesa na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, após ser aprovado em primeiro lugar no processo de admissão, Rogério atuou nas áreas de Comunicação e Direito. Saiba mais sobre sua formação e carreira aqui.

A obra mais recente, “Contribuições para a história do Instituto dos Advogados Brasileiros”, é resultado de dois anos de trabalho. Nesta pequena entrevista, ele fala sobre outras publicações, a influência do Loyola em sua trajetória e ainda passa uma mensagem para os atuais alunos.

– Rogério, fale um pouco sobre sua carreira de escritor.

– Meu primeiro livro, o romance policial “A noite dos mascarados”, foi publicado quando eu era aluno do Colégio, aos 12 anos. Na dedicatória, incluí os professores, que considerava grandes mestres. Depois disso, publiquei, em 2005, “Reflexões sobre o direito e a vida”, como organizador. E agora em 2016, “Contribuições para a história do Instituto dos Advogados Brasileiros”. Ainda este ano, vou lançar “Contribuições para a história do Instituto dos Advogados de Minas Gerais” e “Entre el Poder y el Derecho: el Consejo de Seguridad y la Corte Penal Internacional en la situación del Sudán”, fruto de pesquisa de dois anos, que realizei na Universidade Autônoma de Madri.

– Em que medida sua passagem pelo Colégio Loyola influenciou o desenvolvimento de sua carreira?

– Estudar no Loyola (do atual 6º Ano EF, até a 3ª Série EM) foi fundamental para ampliar meus horizontes culturais e para aprofundar valores éticos e humanos. Ao lado da formação acadêmica, o Colégio sempre se preocupou com a formação espiritual voltada para a compreensão da realidade do outro. Sempre fomos estimulados a participar da vida considerando questões sociais e com postura livre e independente, além de pensamento crítico e inconformado com as misérias do mundo. Isso me tornou uma pessoa melhor. É impossível me esquecer dos mestres que, além do domínio técnico, sempre tiveram a preocupação de partilhar a visão de que o mundo é bem maior. Paralelamente a isso, fui presidente do Grêmio Estudantil Loyola em 1987, um momento emblemático na redemocratização brasileira. Poder vivenciar na prática o exercício da democracia dentro do Colégio foi outro aspecto muito marcante.

– Neste momento de alegria e reconhecimento, você pode deixar uma mensagem para os atuais alunos do Colégio?

Meu principal recado é: ser fiel aos seus desejos mais profundos. Na vida, não há muito espaço para aquele que abre mão dos seus sonhos e projetos. É preciso bancar, com coragem, aquilo em que acreditamos. Se a vocação é a literatura, a astronomia ou a biologia, siga em frente sem medo, mesmo que seja necessário enfrentar opiniões contrárias.

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