“Resolvendo a Crise Climática”
Comprometidos com o cuidado com a Casa Comum, os estudantes do Loyola assistiram, na última sexta-feira, ao evento “Resolvendo a Crise Climática”. Sediada na Universidade Federal de Minas Gerais, a roda de conversa é uma iniciativa da ONG Climate Science e foi mediada por Mariana Ordones, nossa estudante da 2ª Série e membro da ONG.
Argemiro Leite-Filho, colaborador do Centro de Sensoriamento Remoto da UFMG, palestrou sobre o cenário ambiental climático ao longo do tempo, destacando as mudanças climáticas decorrentes, principalmente, da ação humana. O pesquisador atentou aos perigos que o aquecimento global apresenta para o planeta e à urgência de promover melhoria no contexto global. “Quando você está tomando um sorvete e ele começa a derreter, é necessário tomar uma atitude rápida para não perdê-lo, e essa analogia serve pra Terra. Qual atitude rápida temos que tomar para não perdê-la?”, indagou Argemiro.
Em seguida, Ana Carolina Viana, engenheira ambiental formada pela UFMG e especializada em mudança do clima e no movimento jovem dentro do movimento climático, tratou especialmente da biodiversidade do solo como solução para a crise climática. Ela discorreu sobre o papel que um solo saudável desempenha na manutenção de uma boa qualidade ambiental, a partir da captura de carbono por parte dos micro-organismos. “Temos visto que os alunos e a juventude como um todo têm tomado liderança em movimentos contra a mudança do clima, então acho importante termos espaços como esse para discussão, para as pessoas serem encorajadas e entenderem os tipos de soluções que podem ser implementadas hoje”, afirmou a pesquisadora.
A última palestrante, Thatyana Ferreira, coordenadora nacional da Climate Science, trouxe mais ações promovidas pela ONG e que contam com a participação da juventude, a fim de convidar a plateia a fazer parte. “A gente tem por volta de 170 voluntários na comunidade brasileira que trabalham por essa causa, e ter isso representado num evento presencial, especialmente com as parcerias que conseguimos com a UFMG e com o Colégio Loyola, é muito gratificante. A gente vê o nosso trabalho sendo realizado e reconhecido por outras pessoas”, defende a ativista. Ela também responde às indagações de Argemiro e converge para a urgência da tomada de ação. “A juventude não vai salvar o futuro. Nós vamos salvar o agora”, acredita Thatyana.
Por fim, o evento foi aberto para perguntas do público. Segundo Manuela Sette Câmara, estudante da 2ª Série e também voluntária da Climate Science, esse momento foi imbuído de muita atenção e cuidado. “Além de ouvir, pudemos nos sentir ouvidos”, destaca Manuela.
Mariana Ordones, uma das estudantes do Loyola que participaram da organização do evento, contou que, para torná-lo mais interessante, a escolha dos convidados buscou diversificar o painel, recebendo especialistas e ativistas da crise climática que se comunicam bem com a juventude, para que houvesse uma identificação. “Tínhamos pessoas da área de ciências, de modelagem de sistemas ambientais e também pessoas mais da área de ativismo. Dessa forma, mostramos para o jovem como ele pode se engajar de várias formas, seja pelo lado científico ou político-ativista”, ressalta a estudante.
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