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Destaque 17/08/2015
ENEM

ENEM

A ILUSÃO DOS RANKINGS E A RELEVÂNCIA SOCIAL DA ESCOLA

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Comunicado publicado no Jornal Estado de Minas de domingo, 16 de agosto de 2015, Caderno Nacional, página 7.

A melhoria da educação no Brasil é um dos maiores anseios da sociedade atual. O ENEM é uma valiosa ferramenta de avaliação diagnóstica, que vem contribuindo para esse fim. Nossos colégios reiteram a posição de que os resultados do ENEM possibilitam o acesso mais amplo ao ensino superior e auxiliam escolas e famílias nas reflexões sobre o aprendizado dos estudantes, estabelecendo estratégias para qualificar o processo de ensino-aprendizagem em escolas públicas e privadas.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP – vem contribuindo muito para a salutar contextualização desses dados. A partir do advento da gestão do professor José Francisco Soares, na nova presidência do INEP, em 2014, e da posse do novo ministro da Educação, em 2015, professor Renato Janine Ribeiro, percebe-se uma melhoria substancial no modelo de divulgação dos resultados do ENEM, de modo que estes reflitam cada vez mais a relevância social de cada escola.

Com a adoção de indicadores de contexto, tais como o porte dos colégios, características socioeconômicas das famílias e índice de permanência dos alunos na escola, é possível, agora, considerar as estratégias de seleção e a responsabilidade de cada instituição de ensino nos resultados de seus alunos no ENEM.

Louvamos o cuidado do INEP e acreditamos que ele possa melhorar ainda mais a divulgação e a análise desses dados. Ao mesmo tempo, partilhamos nossa preocupação de que a mera criação de rankings pela imprensa e/ou outros interessados não pode conduzir o debate pedagógico sobre a qualidade do Ensino Médio de escolas públicas e privadas, principalmente quando se torna cada vez mais claro que as posições auferidas em tais rankings por algumas instituições não refletem a real qualidade do ensino nessas escolas. Nesses casos, o posicionamento no ranking, obtido por meio de artifícios, presta-se mais a interesses marqueteiros e aumento na captação do número de alunos. A imprensa vem noticiando artifícios: a criação de “unidades de elite”, seleção de alunos para o terceiro ano e cooptação de alunos de alta performance de outras escolas.

O recurso a esses artifícios não é ilegal, mas revela oportunismo e má-fé. Nesse sentido, a sociedade precisa estar consciente da transparência e da qualidade dos números e dos indicadores fornecidos pelo INEP para fazer o discernimento entre instituições idôneas e socialmente relevantes, públicas e privadas, e aquelas artificiais e fraudulentas.

Todos concordamos que é necessário transformar as escolas em benefício de uma educação à medida de cada aluno, garantindo a equidade, a igualdade de oportunidades e a inclusão social. Portanto, o uso de indicadores de contexto, os atuais e vindouros, é fundamental para considerar quando avaliamos os resultados das escolas.

Assinam os diretores gerais:

Prof. Edson Antônio de Souza Leite, do Colégio Marista

Prof. Eldo Pena Couto, do Colégio Magnum Cidade Nova

Prof. Francisco Morales Cano, do Colégio Santo Agostinho-BH

Pe. Germano Cord Neto, do Colégio Loyola

Frei Vicente Lopes, do Colégio Santo Antônio

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